terça-feira, 30 de abril de 2013


Capitulo 13

O Plano da promessa e a missão da Igreja
1 e 2 Tessalonicenses , 1 e 2 Corintios, Romanos (década de 50 d.C.)
Vemos como Deus chamou Paulo, um homem  que estava disposto a destruir a igreja.(Atos 8.3).Cristo o havia escolhido para edificar e estabelecer  seu corpo.
A igreja em Tessalônica havia sido implantada por Paulo, Silas e Timóteo(17.1-4), porém tiveram  de sair apressadamente de Tessalônica, de lá seguiram para Beréia, onde Paulo deixou Silas e Timóteo indo para Atenas antes de seguir para Corinto.
Paulo logo soube de problemas existentes na jovem igreja de Tessalônica, quando este estava em Corinto. A falta de aceitação a pregação do Apostolo Paulo havia sido  contundente em Tessalônica. Ele respondeu as indagações dos crentes naquela cidade em 2 Tessalônicenses, enviada por intermédio de Timóteo, a quem havia sido enviado aquela cidade  para acompanhar o trabalho implantado.(1 Ts 3.5-6)
Durante três semanas entre eles, Paulo ensinou sobre a doutrina da segunda vinda vitoriosa da Senhor, que despertou enorme interesse quando o apostolo esteve entre eles. I Tessalonicenses tem como objetivo responder  à seguinte indagação: de que maneira os crentes que já morreram   participarão da parúsia , isto é, da segunda vinda de Jesus? 1Ts 4.13-5.10

O mesmo Deus que havia levantado nosso Senhor Jesus da sepultura, conforme prometera em seu plano que remonta o Antigo Testamento, é o Deus que levantará também da sepultura todos os que crêem. (4.15; 5.10) Não se trata de ultopias ou alegorias, uma vez que Paulo afirma estar dizendo que seu ensino aqui era derivado de palavras reais ditas por Jesus e registradas nos evangelhos (Mt 24.30-31; 1 Jo 6.39), ou ,se seria algum tipo de revelação pessoal que ele recebera do Senhor Jesus. Não obstante, a linguagem usada, conceitos e os termos ,são muito familiares à literatura veterotestamentária e apocalíptica dos judeus.
No plano da promessa de Deus, Daniel 7.13 diz como o Senhor desceria das nuvens dos céus para receber o reino que o Pai lhe entregaria (Mt 24.30; 26.64);além disso Daniel 12.1-2 assinala também que haveria uma ressurreição no fim dos tempos em que alguns seriam levantados para a vida eterna, e outros,para a danação eterna.Não havia nenhum paralelo  ao conceito de Arrebatamento  dos vivos nas nuvens conforme mencionado pela primeira vez em 1Tessalônicenses 4.17.Essa é a primeira vez em que se faz referencia a esse aspecto da doutrina do segundo advento no progresso da revelação.
Sinais do fim dos Tempos
Certas coisas devem acontecer antes da Vinda do senhor, disse Paulo em 2 Tessalonicenses. Primeiro, haverá uma “rebelião” ou uma “apostasia” (2.3) . o “mistério da impiedade” ou o “poder secreto da impiedade” (2Ts 2.7), que culminarão com os eventos descritos na carta, mas , na era que foi escrita, já estavam atuantes no mundo nos quais a igreja de Tessalônica existia.
As idéias escatológicas das Escrituras hebraicas estavam de tal modo arraigadas no pensamento de Paulo, que ele parecia respirar o mesmo ar da antiga promessa com sua ênfase no Messias, sua ressurreição e seu triunfo fina com a entrega do reino a ele pelo Pai.

1 e 2 Coríntios:pondo ordem na igreja
Nas epístolas de Paulo à igreja de Corinto , era necessário solucionar problemas e desvios dos ensinamentos de Jesus, de sua cruz e ressurreição.
Corinto, capital comercial da Grécia,ficava no entrocamento entre norte e o sul, o leste e o oeste por onde passavam os navios de comercio florescente.Corinto ficava à sombra de um enorme afloramento rochoso, o Acrocorinto, com mais de quinhentos e quarenta e oito metros de altura acima do nível do mar.O monte além de fortaleza, e passou a servir de adoração a deusa Afrodite.A cidade estava sendo repovoada novamente com os veteranos romanos e cidadãos livres, por volta de 44 a.C. Rapidamente Corinto retorna seu peso para os mercadores, comerciantes e negociantes.Sua cultura e costumes também conforme ia crescendo, multiplicava-se os beneficiários, influenciavam em massa, o sistema romano clientelismo levava não só a fama, mas também uma expressiva autopromoção que permeava toda a sociedade, tornando uma forma de arte entre as pessoas da época.Corinto reivindicava ser o honroso centro da vida helênica (Estabão,VIII.22),devido os jogos Ìstmicos serem instruídos em torno do santuário de Possêidon, era de se esperar, que Possêidon fosse o padroeiro local, e, Afrodite,coríntia.Eram mais de mil hierodulas (prostitutas culturais) que ministravam cotidianamente depravações nos templos, que raramente eram encontrados nos outros santuários gregos. Foi para esse tipo de pessoas,vaidosas, dissolutas que Paulo levou o Evangelho de Cristo, indo contra a cultura,embora para os coríntios a cruz fosse “insensatez”(1Co 1.18), viver como um Corinto era sinônimo de vida dissoluta e de libertinagem.
A Igreja e o ministério Cristão
A questão do corpo e sua unidade, dominou  a primeira epístola de Paulo aos coríntios.Paulo chama sua atenção para a responsabilidade de uns para com os outros.Não haveria unidade enquanto eles dissessem que eram do partido de Paulo,outros do de Apolo, ou de Cefas, e ainda outros de Cristo.Cristo estaria dividido?(1.13)
Paulo se distancia daqueles que se passam por ministros e apóstolos às custas da desmoralização do Senhor, que é a fonte da vida e do crescimento na igreja(3.5-9).Paulo expôs seus direitos quanto a apostolo em 1 Cor 9.1-23; imitá-lo significava servir uns aos outros, demonstrando a unidade e diversidade no corpo de Cristo.
Mesmo quando Paulo passa a descrever os dons do espírito nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios , o Apostolo não deixa de destacar que todos esses dons foram dados “para beneficio comum” (12.7), e não para que um membro se sobressaísse as custas de outro.
A segunda carta de Corintios é dividida em três partes: capitulo 1-7,principalmente, exaltam a majestade do ministério; 8-9 lidam com a coleta para os pobres de Jerusalém; e 10-13 é uma polemica contra alguns “superapostolos” que desafiavam a autoridade da mensagem de Paulo.
Romanos ; Justiça de Deus no evangelho
Não se sabe quando e onde começou a igreja de Cristo em Roma.Seja quais foram os motivos , que levara Paulo a escrever à igreja de Roma, sua carta nos legou uma das mensagens mais fortes que temos do evangelho na Escritura.Mesmo que não tenhamos em Romanos uma Teologia sistemática de todos os pontos de nossa doutrina cristã, ele ressalta o papel do evangelho como justiça de Deus que nos é imputada pela fé.

Conclusão
Mais uma vez estamos seguindo a trajetória do Plano da promessa de Deus, em que o evangelho vem sendo pregado desde Gênesis 12.3 (Gl 3.8).
Tendo recebido tão grande salvação, os crentes devem se entregar completamente ao ministério de Deus de modo semelhante as ofertas queimadas em Levíticos 1 (Rm 12.1). São muitos os locais de adoração (12.3-8), mas no cerne de todos está o amor (12.9-21)


Tiago Madeira Sousa

sábado, 20 de abril de 2013




DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA BÍBLICA
TRABALHO: RESUMO DO CAPÍTULO 12
LIVRO: O PLANO DA PROMESSA DE DEUS – WALTER C. KAISER Jr.
ALUNO: FLÁVIO COSTA.


            O autor assegura que abordará assuntos importantes e fundamentais. Tratará sobre o PLANO DA PROMESSA DE DEUS, que lhe levará a uma reflexão em torno da teologia bíblica do novo testamento, referindo-se as cartas de Tiago e de Gálatas.
Tiago: a lei perfeita de Deus
Cogita-se que o livro de Tiago é o mais antigo do rol do novo testamento, que se permeou entre o ano 48 dC e 50 dC, tendo como base o seu encontro com Paulo no concílio de Jerusalém (At 2.15). Tiago anuncia em sua carta protestando contra o mundanismo que predominava na época entre os cristãos judeus. O envolvimento dos cristãos era sério, pois estava levando-os ao afastamento da Lei de Deus. A carta de Tiago era vista por muitos teólogos do passado como uma sem tanto valor. Martinho Lutero o considerava como  “epístola de palha”, porém, apesar de assemelhar-se com provérbios, hoje paulatinamente se vê como livros também organizados. É um livro que aborda as seguintes idéias: provações e tentações (1.2-15; 5.7-1); cuidado com os pobres e necessitados (2.1-26); controle da língua e a necessidade de sabedoria (1.9-27; 3.1-18); e a necessidade de viver uma vida de santidade prática (4.1-5.6). Conforme Kaiser, Tiago não tem a pretensão de desprezar ou evitar a Lei, ele afirma que cumpri-la em conformidade com suas implicações práticas é o mesmo cumprir o que exigia as Escrituras.
Gálatas: a observância da Lei
A Galácia que estava localizada na parte meridional da Ásia Menor, foi à região que recebeu o evangelho através de Paulo, nome pela qual se referiu as igrejas de Antioquia, Listra, Icônio e Derbe. A epístola aos Gálatas enfatiza muito o esclarecimento da promessa de Deus no capítulo 3. Os Cristãos da Galácia estavam abrindo mão da convicção que tinha do evangelho de Cristo(1.6). Alguns indivíduos estavam tumultuando, criando confusão. Eles estavam negando a autoridade apostólica de Paulo. Paulo não veio propor um ensinamento novo, pois a lei tinha um propósito a cumprir, porque nos levou a Cristo.

quarta-feira, 17 de abril de 2013


Capítulo 11 – O Triunfo da promessa: Tempos pós-exílicos

Kaiser traça um breve panorama antes de iniciar a abordagem dos livros que compõem este capítulo, dizendo que através de uma ação soberana de Deus, Ciro libera Israel para voltar para a terra da promessa. O povo estava muito desanimado com a situação por conta da destruição a qual se encontrava a cidade, e, logo, o templo.

O livro de Ageu

Kaiser afirma que Ageu, ao lado de Zacarias, foi usado por Deus para incentivar o povo exilado. Deus havia enviado Ageu e Zacarias para incentivar o povo a retornar a tarefa abandonada de reconstruir o templo. Essa foi a ocasião para as quatro mensagens de Ageu.

Kaiser cita que o problema teológico deste período reside no fato de onde se poderia achar a atividade e a presença de Deus em meio à letargia espiritual do povo da aliança? O autor discorre que as circunstâncias da vida na qual o povo estava inserido os fez alargar o modo de pensar sobre a promessa de Deus. O autor cita, ainda, que Ageu enfrentou a desculpa do povo de o tempo ainda não ser apropriado, culpando a Deus por não ter derramado mais prosperidade sobre eles. Kaiser discorrer, também, que o profeta questionou o povo acerca de como eles haviam conseguido construir as próprias casas se a situação político-econômica era tão adversa, contrapondo a desculpa dada pelo povo. O fato de o templo permanecer em ruínas fez com que Deus conjurasse uma seca, fazendo com que tudo o que o povo conseguisse prosperar fosse abatido ou fazendo o povo não conseguir aproveitar do colhido. Kaiser argumenta, então, que o fato de calamidades chegarem a níveis de intensa severidade fazia com que o povo compreendesse que era a mão de Deus sobre eles, os punindo. Assim, o autor diz que o povo respondeu e obedeceu a chamada de Ageu.

O autor cita que a prova de que Deus ainda era com Israel residia no fato de ter feito o Seu Espírito habitar no meio deles. Kaiser afirma que o pequeno início daquele segundo templo prefigurava o destino e glória a serem recebidos no futuro templo de Deus. Assim, os homens não viriam a desprezar as pequenas coisas feitas no poder e nome de Deus.

Kaiser argumenta que, antes que tal dia chegasse, haveria uma convulsão de proporções cósmicas. Isto estava bem de acordo com o tema profético do “Dia do Senhor”. O segredo desta convulsão cósmica ficava claro em Ag 2:23, onde o profeta declara que “naquele dia” Javé tomaria Zorobabel e faria dele um “anel de selar”. Este anel representava um selo de autoridade. Era a insígnia real empregada nas autorizações e autenticações do poder e prestígio daquele governo. Este novo descendente de Davi será o sinal divino para o mundo de que Deus pretendia cumprir sua antiga promessa.

O livro de Zacarias

Kaiser discorre que Zacarias profetizou para o remanescente dos exilados de Judá. Ele pregou a necessidade de arrependimento e conversão ao Senhor Deus para que esse remanescente pudesse contar com a presença, poder e glória do Criador. O cerne da mensagem de Zacarias está em Zc 4:6.

O autor cita que, com oito visões noturnas e duas mensagens de aflição, o profeta traçou o crescimento do reino de Deus, partindo do seu começo humilde até a sua vitória contra toda força opositora. Kaiser discorre que Zacarias trabalhou lado a lado com o profeta Ageu, proclamando a mais intensa mensagem de arrependimento já dada no Antigo Testamento. Discutindo sobre as oito visões, Kaiser afirma que estes foram recebidos por Zacarias em um quadro total como resposta divina àqueles que questionavam a validade da promessa e o futuro de Sião. Conquanto o juízo tivesse de ser pronunciado sobre as nações, Jerusalém passaria por uma reconstrução, alargamento e exaltação.

O autor afirma que o estabelecimento externo da cidade de Deus como residência pessoal do Senhor havia de ser precedida por uma obra divina de purificação interior. Ainda segundo Kaiser, era maravilhoso que o ofício de sumo sacerdócio existisse mesmo depois da longa interrupção no exílio, mas, este ofício era, também, um sinal do futuro. A vinda do verdadeiro representante de Deus, o Messias, que no livro do profeta Zacarias é chamado por três títulos.

Com relação ao primeiro título do messias, Kaiser comenta que, segundo o profeta, o “Renovo” ou “Servo” não seria somente um sucessor de Davi, mas, também, de Josué. Assim como Isaías declarara que o “Servo” daria a sua vida em substituição de muitos, Zc 3:9 afirmava que o Messias o faria em um só dia. Se o “Servo-Renovo” representava a primeira vinda do Messias, a “Pedra” representava a sua segunda vinda. Assim, em Zc 6:9-15, o profeta recebeu ordens para fazer “coroas” da prata e do ouro trazidos da Babilônia. Segundo Kaiser, este evento resume as oito visões noturnas e o escopo delas em um único ato: O mesmo Senhor que ajudou na edificação daquele segundo templo reinaria como Sacerdote e Rei. O verdadeiro Rei de Israel estava para vir, e sua investidura no ofício era simbolizada por sua chegada montado em um jumento. Seu caráter era “justo”, mas também havia “libertação”. Ele era “humilde”, ou até “aflito”.

Kaiser continua discorrendo que Israel tivera governantes (pastores) malignos, mas o “Bom Pastor” foi de início aceito, depois rejeitado, e vendido por trinta moedas de prata. O Pastor veio a ser o “Pastor-Mártir” das ovelhas que rejeitaram sua liderança. Kaiser cita que, em outra seção, o povo prantearia Aquele que transpassaram como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia, porém, o Espírito seria derramado sobre o povo, e, como Ezequiel havia predito, este mesmo Espírito traria convicção e arrependimento nos corações de Israel.

O autor comenta, ainda, que havia uma batalha decisiva a ser ganha pelo Senhor. Com grandes convulsões na natureza, o Senhor da glória desceria com nuvens, junto a todos os seus santos, estabelecendo os pés no monte das oliveiras. Então, a história e o primeiro aspecto do grande plano salvador da promessa divina chegariam ao fim no mais decisivo triunfo já testemunhado. Kaiser cita que será a hora mais gloriosa da história da terra, na medida que seu Criador, Redentor e Monarca Reinante voltava para completa aquilo que já há muito tempo prometera fazer.

O livro de Malaquias

Kaiser cita que este profeta ministrou algum tempo depois do exílio, haja vista que o culto a Deus já havia se tornado supercial e carecia de verdadeira integridade. O autor afima aidna que o tema do livro é  amor imutável de Deus.

Kaiser discorre que mais um profeta havia sido enviado por Deus para responder as zombarias de um povo imerso nas suas próprias misérias, que se queixava assim: “Onde está o Deus da justiça?”. Malaquias, segundo o autor, respondeu afirmando que “o Senhor virá, a quem vós buscais”. No entanto, antes da Sua vinda, o Senhor enviaria um mensageiro para preparar o caminho diante de Si. Quando o mensageiro da aliança chegasse ao seu templo, seria o Messsias prometido, porque o dia da sua vinda era também o dia do Senhor mencionado pelos profetas. De acordo com Kaiser, o Senhor virá aos seu templo, logo, ele era Javé.

Seria necessário que os  corações fossem testados a fim de remover a sujeira do pecado. o precursor é orimeiramente chamado “mensageiro”, depois, “o profeta Elias”. Portanto, a obra do segundo Elias, também, seria de reconciliação. O nome de Deus seria “grande” e altamente exaltado entra as nações gentílicas do mundo. Sendo assim, a discussão mosaica do “local” e das ofertas chega ao clímax pela universidade do evangelho e a pureza de adoração e culto desconhecida na história passada ou presente, mas sem dúvida uma parte real do futuro.

Os livros de Crônicas, Esdras, Neemias e Ester

Segundo Kaiser, os livros de Crônicas são conhecidos como “os acontecimentos dos dias”. O autor é Esdras. Esdras profetizou para um povo que caiu em lassidão espiritual e moral, e, assim sendo, foi a melhor época para Esdras recordar ao povo acerca das suas raízes espirituais e nacionais, época em que Neemias servia como governador.

Kaiser cita que dois propósitos principais fornecem o motivo para a composição desses livros: remontar a linhagem de Davi e Adão e concentrar-se naquele reinado em toda sua supremacia militar e interesse vital na adoração e culto; e tomar a afirmação progmática de 2 Cr 7:14 como base para os cinco avivamentos registrados na história de Judá. Estes foram: “Humilhar-se (2 Cr 11-12)”, “Buscar minha face (2 Cr 14-16)”, “Orar (2 Cr 17-20)”, “Desviar-se dos seus maus caminhos (2 Cr 29-32)” e “Humilhar-se 2 Cr 34-35)”.

De acordo com Kaiser, Esdras-Neemias eram considerados pelos judeus como uma única obra. Além disso, leva-se a crer que estes livros foram escritos como uma continuação de Crônicas. O centro dessa obra é a restauração e a reforma da comunidade de Deus. Da mesma forma, o propósito do livro de Ester é identificar a divina mão da providência sobre seu povo. Kaiser argumenta que o livro de Ester foi escrito em Susã (438 a.C.). Ester ganhou o concurso que buscava a nova rainha.  O cerne da mensagem do livro de Ester encontra-se em Et 4:13-14, que pode ser resumido na confiança de Mardoque em saber que, aidna que Ester não se posicionasse, Deus livraria o seu povo mesmo assim.

Kaiser retoma as suas considerações acerca do livro de Crônicas citando que no fim da longa história de Israel, o Cronista selecionou aqueles eventos e palavras do reino davídico e salomônico para projetar a imagem da consumação escatológica da promessa do novo Davi. O Cronista tinha uma visão de um Israel reunido num dia futuro, de modo semelhante aos dias gloriosos de Davi e Salomão. Segundo Kaiser, o povo seria uma congregação unida enquanto viviam, amavam e adoravam ao Senhor com coração perfeito.

O autor afirma que a lei de Deus era o padrão pelo qual o povo recebia instrução. Em Ne 8 conta-se como Esdras trouxe a Palavra de Deus consigo, lendo-a ao povo que escutava atentamente. Assim como fora prometido a Salomão a bênção dos benefícios da promessa incondicional de Deus “se” tomasse o cuidado de observar tudo que o Senhor havia ordenado a Moisés, “todo Israel” receberia estas bênçãos “se” andasse com “todo o coração” na lei. Kaiser cita que encontra-se nos livros uma mensagem que ressaltava ambos os aspectos da soberania divina e da responsabilidade humana. Esta apresentação dualdos eventos também levou à técnica de referências indiretas a Deus ao escrever histórias, como o livro de Ester.

De acordo com Kaiser afirma, finalizando seu comentário acerca dos livros, que a promessa de Deus, dada a Davi, foi repetida em 1 Cr 17:14. Este reino que estava “sob o poder dos descendentes de Davi” pertencia ao Senhor. O rei de Israel era apenas um vice-regente de Deus. Portanto, o enfoque dado pelo livro as atividades cerimoniais no templo eram doxologia apropriada ao Senhor aquem pertencia o reino e que haveria de exercer domínio final sobre os céus e a terra. O autor discute que a antiga palavra profética da promessa não falhara, nem viria a falhar. Essa mensagem visava um público que ia além do povo étnico de Israel, haja vista que o propósito total das listas genealógicas em 1 Cr 1-9 exibia a conexão da nação com a raça humana e assim se dirigia a todos os descendentes de “Adão”.
João Nelson.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Capítulo 9 - A Renovação da Promessa


PROFETAS DO SÉCULO VII a.C.
(Naum, Sofonias, Habacuque, Jeremias)

Autor: Edwin M. Pitanga

Introdução

            Segundo Walter Kaiser Jr. No capítulo 9 do livro O Plano da Promessa de Deus, mostra o século VII a.C. como um dos períodos mais críticos para Israel, pois vinha se cumprir a predição sobre o cativeiro babilônico e que Judá não tirou proveito da lição que havia ocorrido com as tribos do norte e seguia nos mesmos passos ao provocar o juízo de Deus.
            Como mostra o autor, Deus continua enviando seus profetas, advertindo o povo sobre a iminência do julgamento divino. Naum advertiu sobre o julgamento contra Nínive, em razão da maldade deles. Sofonias reapresentou as mensagens de Joel e Obadias, que acreditava na punição de Judá. Habacuque trazia a mensagem de repreensão contra Judá e os desmandos orgulhosos da Babilônia e Jeremias que foi o porta-voz mais notável dessa época que profetizou o cumprimento da promessa feita aos patriarcas e a Davi, projetadas para o futuro.


O Livro de Naum

            Segundo o autor comenta, pouco se sabe sobre Naum e a localização de sua cidade Elcós, apenas alguns versículos na introdução de seu livro. O Assunto principal do profeta era a destruição de Nínive, só que a situação agora era diferente do livro de Jonas, pois a queda já havia sido decretada e Nínive se rendeu aos babilônios em 612 a.C.
            Conforme o autor, a profecia de Naum foi complemento à de Jonas, só que enquanto Jonas enfocou na misericórdia de Deus, Naum enfocou a ira judicial de Deus. Naum apresenta em sua introdução um Deus zeloso, que exige devoção exclusiva, ele apresenta Deus na figura de um Juiz Vindicador que viria livrar seu povo das aflições impostas pelos assírios.
            No livro são mencionados três tipos de transgressões  cometidas pelos assírios:
1.       Zombaram do povo da aliança e insultaram a incapacidade de Javé;
2.       A culpa sanguinária de Nínive;
3.       A prostituição no caso de venda das nações.
           
A notícia da destruição de Nínive fez lembrar a justiça e fidelidade de Deus e lembrar da obra de Javé em restaurar a “glória de Jacó”, bem como a “glória de Israel”.


O Livro de Sofonias

            Conforme o autor, a genealogia de Sofonias remonta até a quinta geração, chegando a Ezequias, que possivelmente seria o avô do Rei Josias. O Tema central da mensagem de Sofonias foi o “Dia do Senhor”, que falava a respeito do julgamento de Deus, mas também traria a conversão de muitas nações como fruto desse dia.
            O “Dia do Senhor” como julgamento, deu-se como repreensão divina ao povo de Judá pela introdução do culto a Baal, aos corpos celestiais e a Milcom, então Judá foi convocada a buscar Javé em uma atitude de humildade.
            O autor nos mostra que Sofonias via o raiar de uma nova era, onde os deuses desapareceriam e todos orariam a Javé. A ordem das promessas apresentada é a seguinte:
1.       Os fiéis seriam escondidos no dia da ira;
2.       O remanescente passaria a habitar pacificamente ao longo da orla marítima;
3.       Israel tomaria vingança dos seus inimigos;
4.       Estrangeiros invocariam o nome do senhor;
5.       A vergonha e a iniquidade terminariam e cessariam para sempre.


O Livro de Habacuque

            Segundo o autor, nada ou muito pouco se sabe sobre a pessoa de Habacuque, a não ser alguns relatos de um livro apócrifo, por muitos considerado sem valor histórico. Sabemos que o seu livro foi escrito por volta do fim do século VII a.C. e a mensagem principal de seu livro é a declaração de que “o justo viverá por sua fé”. Habacuque exigia a fé como um requisito indispensável.
            O povo de Judá estava mergulhado em ilegalidade, injustiça, iniquidade e rebeldia e Habacuque sabia que estes pecados deveriam ser punidos mesmo que fosse por meio da invasão por parte da Babilônia.
            Conforme o autor, Habacuque considerou a sua própria mensagem como um fardo, mas acompanhando a sua mensagem estava a palavra de esperança e salvação. Se fazia necessário mostrar a Judá a diferença entre o caráter dos ímpios e o justo povo de Deus, pois Habacuque descreve o caráter babilônico como totalmente contrário ao do crente humilde e pobre de espírito.
            Para Habacuque a mensagem de o “justo viverá pela sua fé”, significava a confiança na fidelidade da palavra de Deus e que a fé era uma confiança inabalável em Deus. Habacuque orou pela providência de Deus, mesmo que fosse por meio de um castigo pelos babilônicos, para que tivesse um efeito positivo e benéfico para a obra de Deus.
            Apesar de amedrontado pelo aspecto aterrador da glória de Deus, Habacuque estava confiante e cheio de júbilo, porque sabia que era garantida a redenção do povo de Deus.


O Livro de Jeremias

            Walter Kaiser Jr. fala que Jeremias foi chamado para profetizar as nações ainda sendo jovem, quando habitava em Anatote e o seu ministério cobriu alguns dos anos mais conturbados da história política do oriente. Jeremias foi testemunha da reforma do Rei Josias, incluindo o livro da lei de Deus encontrado e a derrota do Rei no Megido para o Faraó Neco em 609 a.C. Jeremias conclamou Judá ao arrependimento, até a queda de Jerusalém, quando foi expulso pelos remanescentes.
            O autor o descreve como o profeta da “Palavra do Senhor”. Jeremias citava como argumento de autoridade as palavras de Deus postas em sua boca e que escrevia o que Deus mandava. Para Jeremias, a palavra de Deus era mais do que uma revelação objetiva, era alegria e regozijo para o seu coração, mas o profeta passava por um grande conflito interno, onde não queria mais proclamar a palavra de Deus, pois achava ele que as suas mensagens não estavam surtindo efeito, só que ao mesmo tempo em que pensava isto essa mesma palavra ardia em seu coração compelindo-o a professá-la. As profecias de jeremias podem ser divididas em três partes:
1.     Mensagens destinadas a Judá;
2.     Profecias de juízo e consolação;
3.     Mensagens para as nações.

Segundo o autor, Jeremias anunciou três proposições principais em sua mensagem a porta do templo:
1.     Que a frequência na casa de Deus não substituía o verdadeiro arrependimento;
2.     A observância dos atos religiosos, não substituía a obediência ao senhor;
3.     A posse da palavra não era substituto daquilo que a palavra declarava.

O povo de Judá, achava que era imune as punições de Deus, por habitar na terra santa e possuir o templo do senhor e continuavam praticando iniquidade. Jeremias exortava-os, que não era o sacrifício que Deus queria e sim obediência e a verdadeira lição dessa palavra não foi aprendida, mas sim usada de forma errônea, para mascarar a falta de dedicação e compromisso do povo para com Deus.
Em uma predição em seu livro(3.16-17), Jeremias surpreende ao declarar que já não seria mais preciso um objeto para lembrar e levar o povo a adoração à Deus, pois a sua presença seria muito clara. Jeremias mostra também uma contrapartida as cerimônias da lei mosaica, onde Moisés recebera como que um modelo para as mesmas e Jeremias mostra que isso já não seria mais necessário.
O “Renovo Justo” anunciado em Isaías também é predito em Jeremias, com um descendente cujo nome é “Javé nossa justiça” e faz lembrar o  nome o “Emanuel” e o domínio desse novo descendente de Davi é focado na retidão.
Uma especial significância  em Jeremias era a obra do renovo:
1.     Aliança noaica quanto à perpetuidade da estações;
2.     Aliança abraâmica quanto a semente incontável;
3.     Aliança com Fineias quanto a perpetuidade do sacerdote;
4.     Aliança davídica quanto ao reino eterno de sua semente.

Conforme Walter Kaiser Jr.(p.213), O coração teológico da mensagem de Jeremias, era a nova aliança Essa nova aliança constitui a maior passagem didática sobre continuidade e descontinuidade entre Velho e Novo testamentos. Alguns pontos diferenciam essencialmente a nova da antiga aliança:
1.     Seu nome;
2.     Seus contrastes;
3.     Sua continuidade;
4.     Seus novos aspectos;
5.     Seus destinatários.

Pode-se concluir com base no texto, que assim como as promessas feitas a Abraão e a Daví destinavam-se a eles próprios e sua descendência e estendeu-se a todas as eras, assim também seria a “Nova Aliança”.